Preparem-se para uma enxurrada de mensagens de gente que sequer o conheceu mas que resolveram virar fanzocas tietes.
Pessoalmente, eu me lembro realmente muito pouco dele enquanto era vivo, apesar da pouca idade na época que ele faleceu (5 anos em 1990) mas lembro de toda a repercussão que houve na época e o quanto a morte dele representou.
Até acho que as letras dele são muito boas e falam dos sentimentos dele e da forma como ele via a vida, mas discordo da parte em que o idolatram como o ‘poeta do Rock’.
Ok, ele realmente foi o maior expoente do gênero no Brasil e insuperável – ninguém, até agora, superou e nem chegou perto do sucesso que ele alcançou em sua carreira.
Mas, no entanto, ele era apenas um cara intenso que vivia intensamente (e perigosamente, aliás) e que morreu por aquilo que ele acreditava. Todos os artistas são assim.
Isso sim é que deveria ser ressaltado, a luta dele e os problemas de aceitação da Aids que ele teve e em como as coisas poderiam ter sido diferentes se ele soucesse disso com antecedência.
Sim, por que vários dos primeiros sintomas que ele teve em decorrência das doenças associadas a Aids surgiram com um bom tempo antes de realmente haver a comprovação clínica da presença de HIV.
Associado a isso, os fatores psicológicos e todo o estigma da doença nos anos 80 levaram a sua morte prematura.
Se tudo tivesse sido feito com mais tempo, as coisas seriam muito diferentes.
E a música brasileira seria outra.