Briga por audiência na televisão não é uma notícia da modernidade
Muita gente, hoje, pensa que ibope e disputas são coisas do presente. Na verdade, ela existe pelo menos desde meados dos anos 50 quando o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística fez as suas primeiras pesquisas de audiência e preferência do público.
Todavia, foi nos anos 70 que se criou a atual cultura de ibope e pesquisa de números – e em tempo real. Na época, era o auditv, um sistema que registrava o que o público sintonizava e depois era analisado pelo institudo e publicado em revistas. Foi também nos anos 70 que o ibope passou a significar o sucesso ou o fracasso de algo.
E passou também a delimitar os destinos das verbas para televisão e tudo o mais que pudesse indicar o sucesso de uma atração.
Hoje, pouca coisa mudou e ainda estamos muito presos aos anos 70.
Explicando: as torcidas para as emissoras remonta a justamente essa época onde passou a existir (pelo menos por um tempo muito pequeno) uma polarização do público entre duas emissoras – a Globo e a Tupi. Haviam torcidas por ambas e, no final, isso continou até hoje, mudando apenas a forma como isso acontece.
Hoje, há várias torcidas espalhadas pela internet e sempre em defesa de uma emissora em dentrimento das outras. Ainda sim, existem dois grupos bem fortes de torcedores: os recordistas e os sbtistas. E ambos vivem trocando farpas em fóruns de discussão e comunidades virtuais.
Não que isso seja ruim. Apenas que ambos os grupos entendam o seguinte: tanto um quanto outro canal, hoje, estão dentro dos mesmos patamares de ibope e tem públicos bem semelhantes.
Portanto, essas briguinhas de internet não levarão a lugar nenhum. E nem mesmo para satisfazer o ego das emissoras.
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