"É curioso ver o que acontece na cobertura de mais essa Copa do Mundo, tanto pelo rádio como na televisão.
O cidadão sai do Brasil. Enfrenta aeroporto, avião e todos os outros problemas relacionados a qualquer viagem internacional.
Antes, claro, é submetido a alguns meses de insuportável tensão, pressão arterial em teste, até receber a notícia que o seu nome foi incluído na lista dos contemplados. Ou escolhidos.
E vai sabendo que serão, no mínimo, 30 dias longe de casa.
Aí, já na África do Sul, como é o caso de agora, fica praticamente o tempo todo trancado no Centro de Imprensa, transmitindo jogos pela televisão.
Alguns até tentam enganar os seus ouvintes ou telespectadores, dizendo que estão nos estádios. Mentem descaradamente.
Isto, repito, está acontecendo de montão e com a maioria das emissoras de rádio e televisão no Mundial.
As entrevistas coletivas, ao final dos jogos, e as demais informações disponíveis, em diversos canais, passam pelos monitores do IBC - International Broadcast Center.
E aí se pergunta: já que é assim, por que se dar ao trabalho de ir até a África? Por que toda essa despesa?
A imagem que passa lá, passa aqui."
Todo grande evento tem uma distribuição centralizada que repassa o resto para os demais detentores dos direitos. Como seria, acomodar nos estádios, narradores falando em tantas línguas diferentes?
Como seria, por exemplo, dois narradores falando dois idiomas completamente diferentes para o público ouvinte? Uma confusão, no mínimo.
Acontece que, em qualquer evento de grande porte, há apenas um narrador falando inglês e, nas várias salas dos centros de imprensa, os vários estúdios de cada país envolvido transmitindo diretamente deles.
A necessidade de ir até o país é justamente o de acompanhar cada momento da seleção, o que acontece nos treinos e essas coisas.
Todo profissional de comunicação deveria saber ou, no mínimo, imaginar que as coisas são assim.
Já pensou a confusão que seria se não fosse organizado?
Já pensou a confusão que seria se não fosse organizado?
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