Reality show "Ídolos" vende bem uma ilusão
Nos tempos de hoje, não é mais possível imaginar que um programa de televisão, no Brasil, possa transformar o vencedor de um reality show em astro de alguma coisa. Muito menos da música. Pura fantasia. Fica no prêmio em dinheiro, no minuto da fama, e para por aí.
É o caso do “Ídolos”, que era do SBT e foi para a Record. Nada aconteceu com seus vencedores até agora e também deve ser assim com o próximo, a ser conhecido em setembro. Muitos fatores jogam contra. O principal: veto de outras redes de TV.
Por ser um produto da Record, e os próprios executivos da emissora admitem, automaticamente o ganhador já terá sua carreira comprometida, com portas fechadas na Globo principalmente, no SBT, e na Band. É o mesmo filme de sempre, já comentado neste espaço em outras ocasiões.
Oficialmente nenhum diretor da Record vai escancarar o problema, mas é exatamente isso que eles pensam. E não estão errados. Como programa de TV, o “Ídolos”, atualmente em cartaz, vem cumprindo sua missão da melhor maneira possível. Tem registrado índices bem interessantes. No Rio, por exemplo, é líder de audiência. Mas é o máximo que se pode esperar dele.
Tava lendo a coluna do Flávio Ricco há pouco e, pela primeira vez, alguém falou sobre isso de verdade num grande veículo.
Mas, vou acrescentar umas coisas aqui: Nada que envolva música, diretamente, dá certo no Brasil. A indústria fonográfica do nosso país se auto-sabota.
Não há um interesse real em se ter novos artistas – até por que nem mesmo os veteranos tão vendendo bem, né?
Pensar que um programa de televisão vai fazer isso é iludir-se demais.
Pena de quem vencer o Ídolos agora. Vai ficar esperando pelo lançamento no fim do ano e, no final, vai ficar só nisso…
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