quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dois pesos e duas medidas: apenas a liberdade de expressão do Zé que conta. E a nossa, hem?

Dois pesos... - cultura - Estadao.com.br

Maria Rita Kehl é demitida do Estadão | Brasilianas.Org

Print dos Trending-Topics do Twitter.
A velha imprensa paulista é ridícula e hipócrita.

Igual ao Zé.

Ambos aparecem e se colocam para todos como os únicos 'salvadores' e 'pilares' da liberdade de imprensa.

Aí, a psicanalista Maria Rita Kehl, no dia 2 de outubro, fez um excelente comentário sobre o comportamento das elites em face a mobilidade social e as mudanças de vida trazidas pelo Bolsa Família para as famílias mais pobres.

Basicamente, um artigo pró-Lula.

O que aconteceu?

Ontem, 5 de outubro, a comentarista foi demitida do jornaleco.

E, em seguida, recontratada, devido a extrema negatividade que isso trouxe ao jornaleco - que implantou-lhe censura prévia.

Agora, como o Zé, Estadão, Folha, Veja, Globo e cia vão explicar a atuação deles contra a liberdade de imprensa e expressão de Kehl?

A repercussão negativa levou-a para o primeiro lugar nos trending topics do twitter.

Comentários extremamente pesados e negativos para o jornaleco.

E, então, uma conclusão deu pra tirar disso tudo: Eles defendem sim a liberdade de imprensa. A DELES.

A nossa, a que nós lutamos, a que nós temos por direito constitucional, a nossa opinião não é levada em consideração.

Só acontece quando esta bate de frente com os interesses deles.

Zé, é essa a liberdade que o sr. defende? A sua?

Quer dizer que existem dois pesos e duas medidas? Só vale o que lhes interessa? E o que interessa a todos nós? Onde fica?

As atitudes do Zé e de sua imprensa comprada são do tempo da ditadura militar.

E para esses tempos, jamais voltaremos.

Escreva isso, Zé.

Você já era.

Você e toda a sua imprensa.

Um comentário:

  1. Imagine um final de analise onde uma psicanalista ao se sentir oprimida por ser destituida da função de semblant de objeto a por parte do seu cliente, vai acabar no CTO.

    Estamos diante de algo parecido , quando uma analista articulista/periodista é destituida de sua função não vitalicia, porque contratual e vai acabar no CTO - Centro do Teatro do Oprimido.

    O mesmo CFP que vira as costas para os psicologos quando apelam para o órgão, ao
    serem demitidos, quando os serviços são terceirizados, dizendo isto é coisa para
    sindicato, agora veicula uma campanha sindical para uma psicanalista que perdeu
    o emprego. Um peso e duas medidas.

    Em momento algum Maria Rita Kehl foi proibida de falar. Seu artigo foi inclusive
    publicado. Maria Rita Kehl é apenas uma entre milhares de psicologos e não tinha
    nenhum contrato vitalício com o Estado de São Paulo. Simplesmente foi dispensada
    como são dispensados milhares de psicologos por este Brasil afora sem que nenhum
    Conselho se importe.

    Como psicanalista Maria Rita Kehl deve entender que não é o objeto ,
    insubstituivel , mas apenas fez semblant de objeto "a" e tanto na midia como na
    análise o semblant de objeto cai quando se dá a travessia do fantasma.

    Maria Rita Kehl pontuou a preferencia do Estadão por Serra e este foi o ponto de
    basta para aquele(s) que a demandavam como jornalista-analista.

    Vitimiza-la é a maior ofensa que se pode fazê-la enquanto psicanalista, que
    teria cumprido o seu papel.

    Vitimiza-la é subtrair seu ato , que se analitico, teria produzido sua saida do
    Estadão.

    Recentemente o Estadão foi vitima de censura de imprensa , sendo proibido de
    publicar noticias envolvendo escandalos sobre a familia Sarney, que faz parte da
    base do governo Lula.

    É óbvio que um órgão de imprensa que vê seus direitos de expressão violados pela
    base governista, não é obrigado a remunerar uma articulista que faz propaganda
    por uma candidata identificada com esta base qie propõe a censura da imprensa e
    exerça influencia neste sentido.

    Tanto o Estadão como todos os demais órgãos de imprensa não são neutros e nem
    pretendem ser. Recentemente o Estadão assumiu publicamente o apoio a Serra e
    explicou porque. Acredito que a nossa querida psicanalista cumpriu o seu papel
    ajudando o Estadão a se assumir neste pleito , ainda que isto tenha significado
    o final de análise e a destituição da analista como semblant de objeto de
    desejo.

    Cabe agora saber se a analista atravessará tambem o seu fantasma da
    identificação imaginaria com o Estadão como o objeto da midia .

    Transferencia, morte, separação, acting outs, passagens ao ato. Identificação,
    luto, melancolia. Opressor-oprimido, relação especular.

    Em vez de se ressentir com a declinação da função de semblant de um objeto que
    não é ( que não há) que a analista articulista continue a se expressar em outros
    canais, como todos nós o fazemos.

    Caio Cesar

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